Assim vale a pena. Sempre gostei do cinema dos irmãos Coen mas há que reconhecer que ultimamente os filmes que eles nos davam não mereciam mais que o epíteto “interessante”, para ser generoso. Com No Country for Old Men (estreia em Portugal a 28 de Fevereiro), Joel e Ethan voltam ao grande cinema e fazem talvez o melhor filme da carreira deles; seguramente o melhor desde Fargo e The Big Lebowski.
Contando com actores que são todos (e não apenas Bardem) excepcionais, os Coen regressam ao que fez deles os cineastas que nós amamos: o reverso do sonho americano, a arquitectura delicada dos grandes espaços, o humor negro e um toque de absurdo muito MittelEuropa (a que alguns chamam, erradamente, humor judeu).
A grande ideia de No Country… está, mais uma vez, na mistura de (falsos) géneros: desta vez, é um cocktail de thriller, road movie e filme de serial killer. Serão poucos os filmes que, como este, nos deixam no final uma impressão indefinível, misto de desconforto e certeza de termos assistido a uma obra-prima. Porque – e talvez pela primeira vez no cinema dos Coen – não há redenção possível: só existe o Mal, o Vazio, a Desilusão.
O Ano cinematográfico não podia começar melhor.
Contando com actores que são todos (e não apenas Bardem) excepcionais, os Coen regressam ao que fez deles os cineastas que nós amamos: o reverso do sonho americano, a arquitectura delicada dos grandes espaços, o humor negro e um toque de absurdo muito MittelEuropa (a que alguns chamam, erradamente, humor judeu).
A grande ideia de No Country… está, mais uma vez, na mistura de (falsos) géneros: desta vez, é um cocktail de thriller, road movie e filme de serial killer. Serão poucos os filmes que, como este, nos deixam no final uma impressão indefinível, misto de desconforto e certeza de termos assistido a uma obra-prima. Porque – e talvez pela primeira vez no cinema dos Coen – não há redenção possível: só existe o Mal, o Vazio, a Desilusão.
O Ano cinematográfico não podia começar melhor.
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