29 de janeiro de 2009

O Fantasma

É possível – e mesmo provável – que a intenção principal de Oscar Wilde em The Canterville Ghost tenha sido a de satirizar o materialismo estúpido da sociedade americana. In the process, todavia, Wilde é particularmente feroz com os maneirismos e a decadência de uma “anglitude” que só existe na cabeça de alguns ingleses mais tontinhos.
Esta posta serve também, para lá de tentar dar uma certa caução cultural a este blog ignorante, para me penitenciar por só agora – quase com a idade de Sir Simon – conhecer as autênticas pérolas que são os contos de Wilde, injustamente subvalorizados por quem só tem olhos para as peças e os romances.
E serve ainda para especular: o que não diria o velho Oscar do ridículo em que se transforma a anglofilia militante daqueles que consideram ter sofrido a enorme injustiça de ter nascido, por um infeliz acidente genético-geográfico, em Portugal. Ó país mesquinho que não me mereces, pois sou demasiado grande para tanto provincianismo e estupidez.

Não leram bem? Eu disse que ia tentar dar uma caução cultural. Não disse que ia conseguir.


raio da mancha de sangue...

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