30 de janeiro de 2009

Cá se fazem cá se pagam

Cá se pagam
Não é impunemente que há uns tempos atrás Portugal pôs meia Inglaterra a dizer, com um sotaque esquisito, a palavra “arguido”. Chegou a hora da verdade: é o momento dos portugueses andarem agora a dizer uns aos outros, de cenho carregado, “suspect”. E tal como os ingleses em 2006, não temos a menor ideia do que isso possa querer dizer. No entanto, trata-se de uma contribuição enorme para o desenvolvimento do estudo do Direito Penal Comparado, pondo qualquer jornalista de um qualquer Diário de Carcavelinhos com uma licenciatura em Comunicação Quase Social da Universidade da Mula Russa a discorrer com grande naturalidade sobre as diferenças entre os sistemas penais português e inglês. O mesmo polivalente jornalista arrasará instantes depois a opinião de um professor de Direito Administrativo, concluindo pelo argumento supremo “amigo do Sócrates”.
Cá se fazem
Mais uma vez se deve no entanto reconhecer – e repudiar com veemência – a escandalosa falta de celeridade da justiça. Uma carta rogatória enviada em 2005 e ainda não cumprida? Não há palavras, caros leitores. Como? A carta rogatória foi enviada a quem? Aos ingleses? Aahh...

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