16 de maio de 2008

Children of Men

Prosseguindo o costumeiro e já famoso (!) visionamento dos filmes que já passaram, Children of Men foi uma agradável surpresa.
Pitch: num futuro não muito longínquo, uma epidemia misteriosa tornou todas as mulheres estéreis, causando a anarquia em todo o mundo, salvo no Reino Unido; confrontado no entanto com a invasão de refugiados vindos do resto do mundo, o Reino Unido torna-se um Estado altamente militarizado; é neste contexto que uma jovem refugiada negra se torna a primeira mulher a engravidar em 18 anos; o protagonista, um ex-activista político, vai fazer tudo para a pôr a salvo simultaneamente do Estado e de um grupo terrorista e entregá-la a um misterioso grupo de cientistas – que nem sequer se sabe muito bem se realmente existe – que estaria a tentar encontrar uma cura para a esterilidade universal.


Filmado no estilo “documentário” popularizado por alguns novos realizadores britânicos (sobretudo Paul Greengrass) mas misturando-o com ideias visuais interessantes vindas da série B pós-apocalíptica (incluindo o subgénero “filme de zombies”), o filme apresenta uma reflexão – em jeito de road movie – sobre a possibilidade da esperança num mundo militarizado e desprovido de ética. A ideia é boa, actores e técnicos estão à altura, mas, ainda assim, quando o genérico final começa a passar, perguntamo-nos o que não teria feito um Kubrick com semelhante material.

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