19 de fevereiro de 2008

Uma Terra sem Amos

Terei deixado de perceber o joãomirandês? É que num mercado livre os projectos e respectivas autorias e responsabilidades são livremente negociados entre os interessados: se eu encontrar alguém disposto a fazer o projectozinho por mim sem lá pôr o nome ninguém tem nada a ver com isso. O Estado não deve interferir nestes acordos livres. Por outro lado, o respeito pela vida privada impede seja quem for de ser obrigado a responder por actos praticados no exercício da sua profissão, durante uma altura em que não exercia responsabilidades políticas, na medida em que não tiver sido praticado nenhum ilícito penal ou administrativo. Por outro lado ainda, querer impor critérios estéticos a projectos e construções é indigno de um verdadeiro liberal que preze acima de tudo a liberdade individual. Conclusão: detecto perigosos sintomas de estatismo e mesmo estalinismo nos cheerleaders do mercado livre. A não ser que seja aquela doença do excesso de cobre que deixa o pessoal maluco e que o House está sempre a descobrir.

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