25 de março de 2009

Rebirth of Kitsch (4)

É impossível não gostar de quase tudo nos Buraka Som Sistema. Gostar do nome, que recupera habilmente referências pop colocando-as num contexto geográfico e cultural actualizado (o “k” de Buraka). Do percurso da Buraca para o Mundo: começar por rappar e dançar com os amigos no bairro e chegar às salas de concerto de Londres e New York e à fotografia em pose cool nas páginas de Les Inrockuptibles. Gostar até daquele rapaz que faz umas crónicas no Público: na sua ingenuidade não muito genuína, ele representa uma juventude moderna que integra na sua africanidade (não renegada, antes pelo contrário) os ambientes festivos urbanos europeus. Da démarche musical: sex, drugs & kuduro é um programa ousado e inventivo, com uma pequena pitada de provocação: a suficiente para chamar a atenção sem dar excessivamente nas vistas, o que seria deselegante e uncool. Da ideia: da miscigenação cultural – electrónica e kuduro, kizomba e trip-hop – nascerá a miscigenação tout court.
Só não me peçam para gostar de uma coisa nos Buraka Som Sistema. E essa coisa é a música, que é absolutamente execrável.


kuduro rules?

2 comentários:

anauel disse...

Já aqui, estamos totalmente de acordo... eh eh

aquelabruxa disse...

lol
eu gosto ;)