Contrariamente ao que se diz aqui – obviamente sem razão nenhuma – W. não é uma merda. Comparado aos recentes opus do Oliver Stone (sobretudo ao tenebroso telefilme World Trade Center e ao ridículo ensaio de fim de curso Alexandre), é até muito razoávelzinho. Não só o tom acaba por ser o mais acertado possível, tendo em vista o tema do filme e o facto do personagem principal ser o actual presidente dos Estados Unidos da América, como o objectivo se percebe perfeitamente: as coisas não são sempre totalmente brancas ou pretas e todos nos movemos entre vários tons de cinzento; só assim um all american boy como Bushie pode chegar ao cargo mais importante do Mundo. A grande crítica que se poderá fazer a W. é o facilitismo: o simplismo da explicação freudiana (inveja + complexo de Édipo), a excessiva caricaturização dos membros da Administração Bush e a incerteza do papel reservado a algumas personagens (Laura, na sua primeira aparição e na cena seguinte do debate entre W. e o candidato democrata, deixa antever ser uma mulher forte e com opiniões mas essa sua faceta desaparece, inexplicavelmente, à medida que o filme avança). Ainda assim, W. vê-se com algum agrado, o que é mais que se pode dizer de 80% da produção actual que chega às salas escuras. E sim, Josh Brolin é genial sem ser cabotino (embora continuemos sem esquecer o grandíssimo Dr. Block!).
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