E é verdade: este filme não se fica pela promessa. Depois de 2h30, o sangue chega. E depois o filme acaba. E quem chegue a este filme gostando das fitas anteriores do PT Anderson e absolutamente informado da etiqueta “obra-prima a não falhar” vem preparado para gostar. E a primeira meia-hora, sem diálogos e com aquela música estranhíssima e absolutamente soberba do Jonny Greenwood, é genial. Depois quando o filme verdadeiramente começa (quer dizer, depois da meia-hora de prólogo), começamos nós a perguntar-nos se isto afinal não é de pôr na categoria “falsa obra-prima”. Mas e o Daniel Day Lewis, senhores? Sim, a composição estampilhada “Oscar” do Daniel Day Lewis é muito boa; e não a queiramos desvalorizar só por ser tão física (alguns, menos informados ou mais tontos, dirão cabotina). Mas às vezes, e é mais forte que nós, começamos a sentir uma ligeira irritação com aqueles maneirismos todos, com aqueles esgares que dizem – ou melhor gritam – “ó pra mim tão bom actor!” E quando damos por ela estamos a pensar “que pena, isto até tinha dado um bom filme”. E depois vamos para casa e pomos o Padrinho no DVD.
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