11 de dezembro de 2009

Chique a valer

E de repente passou a ser chique dizer mal de Paul Auster. Isto não é de agora. Por razões que me escapam – embora tal queira dizer pouco: ele há imensas coisas que me escapam e a culpa é seguramente minha – determinado escritor, realizador ou músico deixa de cair no goto da intelligentsia. Compreende-se o ódio da intelligentsia a Paulos Coelhos e quejandos: seria odioso – ou simplesmente out – ser confundido com um banal leitor de uma salada metafísica fora de prazo: they are simply better than that. Ainda por cima, ele escreve mal. Com o Auster, será um fenómeno mais difícil de explicar. Cansaço ou militância? Desdenho ou vontade sincera de educar as massas ignaras? Mistério.
Quanto ao Auster da discórdia: li na diagonal o texto do James Wood, que é certamente inteligente e elegante, como todos os que ele escreve. Mas como a minha idade já pode ser chamada de provecta, tenho que começar a escolher melhor o que me resta ler daqui até à degenerescência física e mental: logo, prefiro passar o meu tempo lendo, quando o comprar, o último Auster.

1 comentário:

aquelabruxa disse...

neste momento nem sequer me lembro de quem ele é. mas sei que sei.