26 de novembro de 2009

The Box

Mensagem para todos aqueles que pensam que todos os livros – e todos os filmes – se limitam a ser uma enésima variação do Crime e Castigo: têm razão. Para além do dilema moral, aprenderemos – com os protagonistas – que cada acto tem uma consequência, que poderá ou não ser dramática. A fantástica reconstituição, para maior gáudio da garotada que decerto muito apreciará, da tão subestimada década de 70 contribui para banhar o filme num ambiente de estranheza inteligente, quase lynchiano. O filme é extremamente bem construído e nesse sentido quem gostou de Donnie Darko não sairá defraudado. No entanto, quando chegamos perto do fim, num crescendo que se pretende dramático, fica a dúvida de saber porque é que um filme inteligente não consegue despertar-nos a mesma emoção que outros, porventura menos conseguidos, conseguem; talvez tudo neste filme seja demasiado liso, demasiado frio, demasiado, passe o palavrão, intelectualizado. Resta a fabulosa banda sonora, que me levou, mesmo sabendo que nos tempos que correm basta ir à Net para tudo descobrir, a esperar pelo genérico final para me surpreender: é esta gente que faz a música!

Como? O salário mensal do Carvalhal? Isto?!

1 comentário:

aquelabruxa disse...

a década de 70 tem dos melhores filmes de sempre.