25 de agosto de 2008

Hollywoodland

O novo Batman? Não, prefiro dar notícia de Hollywoodland, um pequeno filme de 2006, que não sei sequer se teve estreia comercial em Portugal. Quando se apanha por acaso – porque está a chover ou porque não nos apetece ficar a ver a prova de ginástica rítmica por equipas – um pequeno filme que se revela uma pequena pérola de inventividade, quase acreditamos que o cinema afinal ainda está vivo. No centro do filme está uma daquelas lendas de que é feita a História do Cinema, que neste particular se confunde com a(s) história(s) de Hollywood: o suicídio (ou talvez não) de George Reeves, actor de terceiro plano cujo maior sucesso – e drama – foi a interpretação de Superman num já esquecido serial da RKO dos anos 50. Adrien Brody é o detective que procura a verdade e, já agora, alguma notoriedade transformável em dólares e Ben Affleck – a melhor performance desde Dogma – é um excelente Reeves. Há – como poderia deixar de haver? – mulheres fatais e outras – formidável Diane Lane – que procuram apenas a felicidade possível. A realização é de uma invejável elegância, daquelas em que se nota que as referências cinéfilas estão lá porque devem estar e não apenas para épater le bourgeois. E quem será este realizador: um daqueles muito hype que andam nas bocas do mundo? Ou um tal de Allen Coulter, simples e competente realizador de televisão, que conta no currículo com vários episódios dos Soprano e Six Feet Under? Por vezes o cinema, como a vida, é tão simples: basta olhar, ver e gozar.

3 comentários:

aquelabruxa disse...

o novo batman é uma seca!

bloom disse...

é um bocadinho pindérico, sim,... mas gostei do Heath a fazer de Joker.

aquelabruxa disse...

eu também, admitamos.