“O que vale é que, depois da nomeação de Santos Silva, o Governo foi buscar um especialista para secretário de Estado da defesa e dos assuntos do mar: Marcos Perestrello.”
O Pedro Sales, blogger que me é aliás eminentemente simpático, não tem culpa nenhuma. Eu sei que ele está a fazer o trabalho dele de dirigente da oposição e que esta posta teve apenas o efeito da gota de água que transbordou o copo do meu retiro político. A brincadeira que ele faz com um tal de Marcos Perestrello (que aliás não conheço) é glosada de muitas e variadas maneiras por muitos comentadores e opinion makers. É que não sei de onde vem esta ideia absolutamente peregrina de que os ministros (ou, vá, os secretários de Estado) têm que ser forçosamente especialistas das matérias que vão tutelar. Se me parecem óbvias, por razões práticas, as vantagens destes putativos ministros não desconhecerem totalmente tais matérias, o que se exige do Ministro da Economia não é que seja um óptimo economista ou que saiba muito de Finanças: para isso estarão lá, em princípio (segue-se agora um wishful thinking), os especialistas da administração pública. O que se exige do Ministro da Economia, para ficarmos por este exemplo, é que seja um excelente político. Que saiba tomar e impor à sua administração decisões políticas. Que saiba trabalhar politicamente para defender as ideias e tomar as posições que acredita serem as melhores para a comunidade. Quem anda sempre com a superioridade da Inglaterra na boca (o que não me parece ser o caso do Pedro Sales, admito) deveria interrogar-se mais sobre a razão pela qual todos os membros do Governo de Sua Majestade têm que ser obrigatoriamente deputados da Nação.
Pronto, agora que desabafei já posso ir à procura daquele tutorial sobre o solo do Steve Hackett no Here Comes the Supernatural Anaesthetist.
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