30 de maio de 2009

Fim de Semana

Para este fim de Maio, o mês dos meses, um clássico.


29 de maio de 2009

Ai mete mete

Eu já andava desconfiado que a Jane Campion era um bluff. Reconheço que me conseguiu enganar com O Piano. Graças, evidentemente, ao jogo baixo de ter Holly Hunter, Harvey Keitel e a música de Michael Nyman. Comecei a desconfiar com Holy Smoke, não obstante o mesmo Keitel e uma ainda não muito gordinha Kate Winslett: “espera aí, mas este filme supostamente de autor não é uma banhada?”, perguntava-me eu vendo o Harvey Keitel a pôr a melena para trás enquanto espreitava o cú da Kate. Tive a certeza ontem à noite quando vi – na televisão, claro, onde mais? – In the Cut, uma espécie de thriller erótico onde a Meg Ryan passa o tempo a tentar fugir de um serial killer, com uns intervalos onde se masturba (para aliviar a tensão dela) e dá umas quecas num polícia com bigode à jogador do FC Porto dos anos 80 (para aliviar a tensão dele). É difícil escolher o pior de In the Cut: a banalidade da história, os diálogos confusos? Os movimentos de câmara manhosos ou a fotografia hiper-saturada à la MTV alternando com a típica cena de thriller “rua de Nova Iorque à noite sob a chuva”? Sofrendo ainda a influência da aura de mediocridade que paira sobre este filme, o espectador inocente não se consegue decidir. Ainda assim, estava pronto para reconhecer uma qualidade a este filme: como aqueles personagens de Knocked Up, que tentavam lançar um site na Internet com imagens seleccionadas de actrizes conhecidas nuas em filmes mainstream, vi com gáudio uma cena explícita de fellatio, que não ficava a dever nada a um sketch do Gato Fedorento. Lamentavelmente, acabei por descobrir que afinal a actriz parece ter feito a coisa num dildo. Até nisso a Jane Campion me enganou!

Mete-Nojo?

Prova definitiva da perda de imaginação do blogger é recuperar textos velhos de 5 anos. Excertos:
“Deambulemos portanto mais uma vez pelo estranho mundo dos géneros cinematográficos. Ele há o filme de autor, o filme de acção, o filme de culto, etc., etc. Ele há também o filme mete-nojo. Pelo menos no que me diz respeito. Não são poucas as vezes, com efeito, em que, numa vontade idêntica à dos peregrinos que se flagelam violentamente, me obrigo a ver até ao fim um filme manifestamente mau. (...) O filme mete-nojo, há que acrescentar, funciona sobretudo na televisão. É difícil deslocar-me às salas e ficar a ver até ao fim um filme mete-nojo. Já se o apanho no pequeno ecrã pode acontecer ficar a violentar-me durante hora e meia.”

27 de maio de 2009

In the Electric Mist


Será um cliché dizer que nunca um cineasta local será tão verdadeiro como um estrangeiro quando toca a perceber e a mostrar a verdadeira natureza de um país (ou de uma cidade ou de uma região). Talvez seja. No entanto, tenho visto poucos filmes que consigam fazer-nos respirar a humidade da Louisiana como In the Electric Mist, pensado e realizado por um francês. Ainda por cima, eis um filme sem pretensões que se deixa ver agradavelmente. E tem bónus: o enorme Levon Helm!

Títulos de respeito

A propósito desta polémica, gostava de deixar aqui bem claro que Problemática do Ego daria um excelente nome de blog.

(Outro) Diário de Campanha

Da Literatura disse:

26 de maio de 2009

Concorrência perfeita (3)

Parece que anda aí outra campanha, mas não cheguei bem a perceber para quê.

Concorrência perfeita (2)

Se bem percebi, portanto, será necessário escolher entre um polícia e um banqueiro. Mais ou menos como escolher entre a peste e a cólera.

25 de maio de 2009

Concorrência perfeita

Na TVI24 e na SIC-N estão dois candidatos à presidência do Sporting. Acabo agora mesmo de descobrir que conheço um deles. Isto não abona nada em favor da minha vida social. Talvez volte para a minha gruta.

21 de maio de 2009

Hype

será possível perdoar o bigode do baixista?

19 de maio de 2009

The Eye


Longe – muito longe – de mim pretender chegar a estes cúmulos de sofisticação, mas também passei estes dias por grandes momentos televisivos. Durante o fim de semana, por exemplo, vi – na RTP1 e na TVI24 – milhares de pessoas protestarem contra o Quique Flores, acenando continuamente lenços brancos à medida que um grupo patusco avançava penosamente tendo aos ombros uma estátua, que suponho representar o próximo treinador do Benfica. Não liguei muito porque tinha que ir ver o jogo da minha equipa na Madeira: verdadeiro adepto é aquele que vê os jogos a feijões com o mesmo grau de entusiasmo que um jogo decisivo de campeonato; e, já agora, também aquele que utiliza o seu melhor vernáculo quando o Djaló demonstra que depois destes anos todos ainda não sabe controlar a puta de uma bola.
Mais tarde, enquanto me preparava para um exercício de cinefilia sofisticada, vendo o genérico inicial de um western spaghetti do grande Sérgio Corbucci, decidi, por um daqueles instintos que só uma longa psicanálise explicaria, mudar de canal para ver uma coisa um bocado estapafúrdia chamada The Eye, sem sequer ter a desculpa de já ter visto o original de Hong Kong. Mas a carne é fraca e a Jessica Alba em violinista cega sexy é um apelo muito forte.
Ainda assim, lixei-me bem porque apanhei meia dúzia de cagaços tão grandes que hoje me esqueci das lentes de contacto em casa.
Donde: mais valia ter ficado a ver o McNulty a foder meia Baltimore.

16 de maio de 2009

Fim de Semana

não, a primeira rapariga encostada à parede não é o Silva de Corroios...

15 de maio de 2009

Segunda Aparição

... num halo de luz

(Cannes, 14/5/2009)

14 de maio de 2009

Antes que Anoiteça

Nesta posta do Da Literatura brinca-se sobre a incessante proliferação de conselhos amigáveis, sob forma de livro ou de publicidade, sobre coisas que temos que fazer, filmes que temos que ver ou livros que ler, antes de morrer. Sobre isto, ainda não vi melhor que esta prosa do James Wolcott na mui injustamente subvalorizada Vanity Fair.

12 de maio de 2009

Um bom começo

O do novel i, que assegura uma contratação de peso: muita gargalhada e boa disposição serão certamente proporcionadas por este simpático entertainer. (via Ivan)

8 de maio de 2009

Fim de Semana

Para este fim de semana: Flamenco!



DM Stith- Pity Dance from Asthmatic Kitty on Vimeo.

Greed is Good

Esta posta da Klepsydra lembrou Wall Street, um daqueles filmes que, sem ser uma obra-prima – longe disso – consegue ser eminentemente simpático e mesmo um dos melhores de Oliver Stone. Dificilmente se encontrará filme mais representativo de uma certa época e de uma certa maneira de estar na vida. Aliás, mais ou menos na mesma altura – e igualmente representativo – saiu o excelente A Fogueira das Vaidades de Tom Wolfe (de que Brian de Palma tiraria um filme medíocre), que popularizou a expressão Masters of the Universe, de uns desenhos animados então muito em voga, para designar os yuppies da Bolsa. Sabendo o que sabemos hoje, só podemos concluir que ambos – filme e livro – se revelaram de uma premonição certeira, o que só abona em favor da Arte (e desabona os economistas) no que toca a prever as tendências da sociedade de mercado. Paradoxalmente – e não é a primeira vez que isso se verifica: cf. a cena das Valquírias de Apocalipse Now, de que falo aqui – um filme como Wall Stret, que fazia justamente a crítica da ganância sem limites de uma determinada maneira de ver o capitalismo, transformou-se em filme culto dos tais mesmíssimos yuppies que pretendia criticar. Nos meios da Bolsa e da finança, Gordon Gekko tornou-se um mito e o exemplo supremo de cool. A sua divisa, o celebérrimo Greed is Good, tornou-se o motto de milhões de yuppies encharcados em gel. Donde: isto anda mesmo tudo ligado e ainda por cima é mais complicado do que parece.

7 de maio de 2009

Vaya con Dios

Ainda há esperança para a Igreja, com homens como o padre Alberto. “Introduzir a mão na parte de baixo do bikini da mulher”?? Respect, Padre!


6 de maio de 2009

O Apagão

- Alguém me devolve a cara, fáxavor?...