Olhamos geralmente para os filmes com olhos diferentes. Aquele vamos vê-lo pelos olhos do filho que somos, aqueloutro pelo pai que também somos. Um outro será enquanto tímido pouco à vontade, outro ainda como o gajo porreiro que anima a companhia. Mas poucos filmes conseguem que o espectador o veja sucessivamente nessas várias diferentes posições. Na sua radicalidade marginal e insegura, o personagem de Emile Hirsch em Into the Wild convoca a nossa fascinação e solidariedade. Um pouco mais tarde, passamos a ver Into the Wild com os olhos do pai que também somos e apodera-se de nós uma certa angústia, conjugada com um forte sentimento de impotência para lidar com acontecimentos que não podemos controlar. Um pouco como o protagonista, que vive em dois anos toda uma vida: nascimento, adolescência, idade adulta e morte.
No fim do filme, percebemos que aquele que se chamou durante dois anos Supertramp acaba por voltar, pouco antes do desenlace fatal iminente, ao seu verdadeiro nome; como se, pouco antes da luz final que o espera, ele sentisse a necessidade de se agarrar à sua vida anterior, normal e convencional. Ou, tão simplesmente, porque tinha frio e se lembrou quão confortável pode ser uma casa aquecida.
As coisas mais belas são tantas vezes as mais simples. Simples como uma canção de Eddie Vedder.
No fim do filme, percebemos que aquele que se chamou durante dois anos Supertramp acaba por voltar, pouco antes do desenlace fatal iminente, ao seu verdadeiro nome; como se, pouco antes da luz final que o espera, ele sentisse a necessidade de se agarrar à sua vida anterior, normal e convencional. Ou, tão simplesmente, porque tinha frio e se lembrou quão confortável pode ser uma casa aquecida.
As coisas mais belas são tantas vezes as mais simples. Simples como uma canção de Eddie Vedder.
1 comentário:
gostei imenso do filme a primeira vez que vi, e claro que me fartei de chorar, devia estar hormonal, também...
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