Voa... e voa
29 de novembro de 2008
27 de novembro de 2008
Two Lovers
São as histórias banais as mais interessantes? Quem devo escolher, a loura ou a morena, uma vida incerta ou o conforto do meu emprego, a quem devo o meu respeito e lealdade, como conseguirei ter coragem para desapontar a minha família, que confia e conta comigo nos tempos difíceis.
E como resistir à tentação de me deixar cair nas águas escuras e geladas de Brighton Beach? Como esconder as cicatrizes que me povoam os pulsos, a não ser com as luvas que só tirarei em Março.
Tudo isto mais a Estranha Forma de Vida, que ouvimos de repente no restaurante junto à praia.
Mais Joaquin Phoenix, que diz que para ele o cinema acabou com este filme. Quem sabe se não será ele que tem razão?
E como resistir à tentação de me deixar cair nas águas escuras e geladas de Brighton Beach? Como esconder as cicatrizes que me povoam os pulsos, a não ser com as luvas que só tirarei em Março.
Tudo isto mais a Estranha Forma de Vida, que ouvimos de repente no restaurante junto à praia.
Mais Joaquin Phoenix, que diz que para ele o cinema acabou com este filme. Quem sabe se não será ele que tem razão?
Estranha Forma de Vida
22 de novembro de 2008
Programa de protecção de testemunhas
Ser enviado, com nova identidade, para uma terra distante onde poderia refazer a minha vida, com novos amigos, uma nova ocupação, quiçá uma nova filosofia? Tentador, mas insuficiente. Podemos até reunir a coragem necessária para testemunhar contra o grande chefe dos criminosos, mas não nos peçam para integrarmos o programa de protecção de testemunhas. Seria demasiado… aleatório.
21 de novembro de 2008
20 de novembro de 2008
JCVD
Tão subestimado, excepto nas tardes de Domingo da TVI. E no entanto ele é grande, muito grande, como se prova pelo seguinte excerto desta entrevista de promoção do filme.
Beautiful? Why?
I really opened myself up in "JCVD." I peeled back the skin of the fruit, cut the pulp and then took that very hard seed. In this film I cut that hard seed, and inside that seed was a kind of liquid cream substance of the man I am, or the woman you are.
OK
It was like being naked. I would love to be naked in front of you.
Well, I
Not being naked being naked. I say such things in Hong Kong and they thought I was being a crazy Frenchman. Being naked of protection.
So you ' ve no regrets at all?
Believe me—I've done very good stuff and very crazy stuff, and I don't regret the crazy stuff. So are you in New York?
Yes, I am.
And are you 27, or 32?
I ' m 22.
Oh, f___. That is very young. Will you come to the premiere?
I don ' t know. When is it?
I don't know. You will wear all black, a black dress and high heels?
Uh
You can come find me, I will be the one with the very broad shoulders, dark hair and a simple suit. We can have some champagne, you and me.
Entrevistadora e entrevistado em promoção de filme
17 de novembro de 2008
Alice
Olho-me ao espelho, as mãos apoiadas no lavatório. Se de facto, como dizem, não há vida do lado de lá, estarei a perder tempo? Não, pois sei bem que o tempo não se perde; apenas se reflecte, mas de maneira invertida, como a imagem que o espelho me devolve. Já voltei as costas ao espelho quando decido que estou a precisar de um corte de cabelo. Eu sei: a maior parte das minhas decisões vêm demasiado tarde.
14 de novembro de 2008
O que tu queres sei eu
Diário de Notícias: sempre na ponta da investigação jornalística. Graças ao ISCTE, sempre na ponta tout court.
13 de novembro de 2008
Amigos por procuração
Continuemos então com a regra da intermitência, muito irregular, da aparição da política neste paralelo. A causa próxima é este artigo do Pedro Lomba, mas o assunto – a procuração do ministro Pinho ao presidente da Autoridade da Concorrência Sebastião – tem sido glosado nestes últimos dias na imprensa (por exemplo aqui) e nos blogs (ver por exemplo aqui e aqui).
Antes de mais, não é seguramente muito inteligente que um administrador de um banco passe uma procuração a um administrador do Banco central, mesmo se para tratar de um negócio aparentemente claro como água e perfeitamente legítimo. Tal descuido não abona muito sobre a aptidão de tais indivíduos para exercer cargos de natureza política.
Dito isto, não consigo perceber como é que esse facto pode influenciar as condições de exercício de cargos que nem um nem outro exerciam na altura; e muito menos consigo perceber como é que tão tenebroso negócio – uma procuração para compra de uma casa passada a um amigo por quem vivia no estrangeiro – poderia afectar, anos depois, a imparcialidade objectiva (digo objectiva porque é isso que está em causa: aparentemente não existe nenhum problema de imparcialidade subjectiva, na medida em que ambos os interessados possuem currículo mais que suficiente para exercer os cargos em questão) que se exige do presidente da autoridade de concorrência.
Tudo isto, certamente por defeito meu, eu não percebo. Mas o que me espanta verdadeiramente é toda a gente achar normal o exercício sucessivo de certas funções que essas sim podem afectar as condições objectivas mínimas de imparcialidade:
- juízes nomeados para chefiar forças policiais que regressam de seguida, como se nada fosse, à magistratura penal;
- assessores de imprensa que regressam imediatamente a seguir ao fim da comissão de serviço à profissão de jornalista para cobrir as actividades exactamente das mesmas pessoas ou partidos que serviram;
- jornalistas com participações importantes em empresas sobre as quais não hesitam em escrever nos seus jornais;
e etc.
Tudo isto, considerado em Portugal perfeitamente normal por quase toda a gente, seria impensável em muitos dos países que a maior parte destes comentadores ofendidos tanto – e com razão – apreciam. Já para não falar de chegar a sofisticações destas.
Mas isto – repito – deve ser problema meu: é que vivo fora de Portugal e tenho às vezes que dar procurações a amigos.
Antes de mais, não é seguramente muito inteligente que um administrador de um banco passe uma procuração a um administrador do Banco central, mesmo se para tratar de um negócio aparentemente claro como água e perfeitamente legítimo. Tal descuido não abona muito sobre a aptidão de tais indivíduos para exercer cargos de natureza política.
Dito isto, não consigo perceber como é que esse facto pode influenciar as condições de exercício de cargos que nem um nem outro exerciam na altura; e muito menos consigo perceber como é que tão tenebroso negócio – uma procuração para compra de uma casa passada a um amigo por quem vivia no estrangeiro – poderia afectar, anos depois, a imparcialidade objectiva (digo objectiva porque é isso que está em causa: aparentemente não existe nenhum problema de imparcialidade subjectiva, na medida em que ambos os interessados possuem currículo mais que suficiente para exercer os cargos em questão) que se exige do presidente da autoridade de concorrência.
Tudo isto, certamente por defeito meu, eu não percebo. Mas o que me espanta verdadeiramente é toda a gente achar normal o exercício sucessivo de certas funções que essas sim podem afectar as condições objectivas mínimas de imparcialidade:
- juízes nomeados para chefiar forças policiais que regressam de seguida, como se nada fosse, à magistratura penal;
- assessores de imprensa que regressam imediatamente a seguir ao fim da comissão de serviço à profissão de jornalista para cobrir as actividades exactamente das mesmas pessoas ou partidos que serviram;
- jornalistas com participações importantes em empresas sobre as quais não hesitam em escrever nos seus jornais;
e etc.
Tudo isto, considerado em Portugal perfeitamente normal por quase toda a gente, seria impensável em muitos dos países que a maior parte destes comentadores ofendidos tanto – e com razão – apreciam. Já para não falar de chegar a sofisticações destas.
Mas isto – repito – deve ser problema meu: é que vivo fora de Portugal e tenho às vezes que dar procurações a amigos.
11 de novembro de 2008
Anamorfose
Falta anamorfose por todo o lado. Não é difícil suspeitar que a realidade pode parecer diferente, consoante o sítio onde nos encontramos. Mas só o tempo nos ensina a acreditar que as coisas são mesmo diferentes, só por mudar a nossa perspectiva sobre elas. E não é preciso apanhar um filme medíocre na televisão para nos lembrar isso.
Esta pintura de Holbein é o exemplo perfeito da anamorfose renascentista. Só nos apercebemos que a mancha no tapete é uma caveira quando olhamos o quadro a partir de um ângulo muito específico.
9 de novembro de 2008
7 de novembro de 2008
Unheard Of!
Um Português totalmente desprovido de sentido de humor? “Unheard of!”, diz uma colega inglesa. Não sei qual dos motivos – não a querer desapontar ou preservar a boa imagem da Nação nestes tempos difíceis – que me levou a sorrir e não responder. Mas, by Jove, ela está tão enganada…
6 de novembro de 2008
It's not so f…ing simple to remove cow s… out of a Prada purse
Apreciemos então toda a arte dessa imensa jurisdição, o Supreme Court. Ou como discutir a constitucionalidade de punir a utilização de linguagem indecente sem nunca pronunciar, nem ao de leve, as palavras em causa. Sendo que ele há situações, como a que é ilustrada pela frase que figura em título desta posta, atribuída a Nicole Richie, que deixam poucas alternativas. E queixam-se alguns de bandeiras nazis expostas em santuários da democracia...
4 de novembro de 2008
3 de novembro de 2008
1 de novembro de 2008
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